1. Adicional de periculosidade dos motoqueiros
O SEEACONCE cobrou o pagamento do adicional de periculosidade dos motoqueiros que prestam serviço à Cagece, o que é direito dos trabalhadores mas ainda não está sendo pago por algumas empresas de terceirização de pessoal, contratadas pela CAGECE.
“É necessário que os pagamentos sejam feitos e que esse direito seja respeitado”, destacou Penha Mesquita, cobrando resposta concreta da empresa. “Já faz tempo que tratamos desse tema, e não podemos mais aceitar que os trabalhadores não recebam o adicional devido”, ressaltou a presidente do SEEACONCE.
O SEEACONCE também reivindicou que todos os trabalhadores que dirigem motos recebam o adicional. Atualmente nem todos recebem.
2. Desvio de função
A situação de desvio de função de trabalhadores também foi tratada na reunião desta quinta-feira. “Temos denunciado, mas a CAGECE infelizmente continua sem dar importância a isso. Continua contratando trabalhadores para fazer várias funções ao mesmo tempo”, enfatizou Penha Mesquita.
“Por exemplo, há trabalhadores que não são contratados como motoristas, mas precisam pagar multas de trânsito, se forem multados ao trabalhar. Há também quem precise dirigir o carro e trabalhar como operador de equipamento móvel, precisando parar o carro em local proibido, para fazer um serviço. O mesmo trabalhador dirige o carro e opera o equipamento, fazendo depois de descer do carro o mesmo serviço que deveria ser feito somente pelo auxiliar”, detalhou a presidente. “Precisamos que a CAGECE resolva essa questão. Que essas situações deixem de acontecer”.
3. Gestores de Núcleo recebendo menos do que deveriam
Outro problema abordado na reunião é a situação dos Gestores de Núcleo, que seguem atuando com grandes responsabilidades, mas com baixas remunerações. A CAGECE só dá a responsabilidade, não o devido pagamento para a função. Cada Núcleo atua em uma cidade, e mesmo em alguns municípios bem extensos, de grande porte, os gestores não têm recebido a remuneração que deveria ser correspondente.
4. Extensão de jornada de trabalho
Outra questão tratada pelo SEEACONCE com a CAGECE é a jornada excessiva de alguns trabalhadores. Há modalidade de jornada de 44 horas semanais para alguns, ou de 12 horas por 36, o que é o normal. Mas há trabalhadores precisando cumprir em algumas cidades 12h por 24h, ou até 24h por 48h.
É impraticável o/a trabalhador/a atuar por 24h seguidas. Mas algumas unidades da Cagece insistem nessa jornada. O SEEACONCE reclamou com os representantes da empresa e pediu providências urgentes para garantir jornadas que possibilitem o devido descanso, além de lembrar que jornadas excessivas ampliam o risco de doenças para o trabalhador e de acidentes de trabalho, bem como de perda de eficiência.
5. Horas extras
Outro ponto cobrado à CAGECE é que as horas extras trabalhados no mês sejam pagas até o 5o. dia útil do mês seguinte, juntamente com o salário regular. Atualmente, só estão sendo pagas até o 5o. dia útil do mês subsequente. Por exemplo, quem trabalha em julho e tem horas extras atualmente só recebe em setembro. O SEEACONCE reivindica que o pagamento dessas horas seja feito já até 5 de agosto. E assim por diante, todos os meses.
6. Pagamento de diárias
A CAGECE adota com as empresas regra de pagar a cada 15 dias as diárias de viagem. Assim, o trabalhador fica obrigado a gastar primeiro, do próprio bolso, para só depois receber as diárias. O SEEACONCE defende que seja feita uma previsão desta despesa, com a empresa pagando antes ao trabalhador as diárias, via pix, por exemplo, para que já seja possível pagar a diária de alimentação e a hospedagem.
O vale-alimentação e o plantão de hora extra também têm prazo de 15 dias, atualmente, pela CAGECE, para pagamento. O Sindicato pleiteia que esse pagamento aconteça de forma antecipada, sendo previstos em quantos plantões o trabalhador atuará. Assim, ele passará a receber de forma digna, antes de trabalhar.
O SEEACONCE seguirá atento e atuante quanto à situação dos trabalhadores e das trabalhadoras terceirizados/as que prestam serviço a empresas contratadas pela CAGECE.