Sindicatos como o Mova-se, que representa os servidores estaduais, o Seeaconce, que representa os terceirizados de asseio e conservação, de limpeza pública e outras áreas e instituições como o Fórum dos Trabalhadores do Complexo do Porto do Pecém e outros movimentos sociais realizam manifestação desde as 6h da manhã no Porto do Pecém.
Os manifestantes fecharam uma das entradas do porto, reivindicando que o governador Elmano de Freitas os receba e que reveja as contratações, pelo Governo do Estado, de empresas que vêm diminuindo salários e valores de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizados. Os trabalhadores solicitam reunião urgente com Elmano para iniciar diálogo sobre respeito às negociações trabalhistas e sobre melhores condições de trabalho dos profissionais que atuam no Porto do Pecém.
O Mova-se (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual no Ceará) e o Fórum Unificado dos Trabalhadores do Complexo Industrial do Porto do Pecém (Futicipp) lideram a manifestação, que conta com participação do Seeaconce, do Sindicato dos Caminhoneiros, do Sindicato dos Petroleiros, além de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Brasil (CTB). Eles denunciam que o governador ainda não recebeu os representantes desses trabalhadores para diálogo e negociação contra a diminuição de salários e de direitos, ressalta Penha Mesquita, presidente do Seeaconce.
Durante a manifestação, alguns dirigentes sindicais fizeram referência a matéria exibida em rede nacional de televisão neste domingo, em programa de grande audiência, destacando o Ceará como exemplo positivo quanto ao hidrogênio verde, a energia limpa, mas omitindo a difícil situação dos trabalhadores do Porto do Pecém. Segundo estimativas de alguns representantes de entidades, a grande maioria dos trabalhadores é formada por terceirizados e terceirizadas.
“Nossa categoria está sofrendo redução de salários, por parte do Governo do Estado. Estamos nas ruas, no Porto do Pecém, reivindicando que o governo olhe mais pra classe trabalhadora, receba as entidade sindicais, pra dialogar e entender as necessidades dos trabalhadores. Infelizmente nao está sendo dada essa tratativa. Os trabalhadores estão perdendo poder de compra, tendo salários diminuídos”, destaca Penha Mesquita.
“Fazemos esse ato público hoje, no Porto do Pecém, pra que o governador nos receba o quanto antes. Não só traga uma empresa de fora, pra sugar o suor dos trabalhadores, a energia do nosso Estado, e depois ir embora, deixando os trabalhadores mais pobres e ficando sem pagamento dos direitos”, acrescenta.
“É muito importante a união de todos os sindicatos e do Futicipp, neste momento de luta por reposição salarial e da fixação de cláusulas benéficas a todos os trabalhadores. Hoje temos um impasse na Companhia dos Portos, porque o presidente quer revogar diversos artigos sobre direitos dos trabalhadores. E não quer dialogar”, afirma Antônio de Pádua, coordenador geral do Mova-se.
O Seeaconce seguirá acompanhando o tema, participando das articulações com os diversos sindicatos, movimentos e entidades e cobrando que o governador Elmano de Freitas possa receber os trabalhadores e trabalhadoras, o quanto antes.