Em mais uma ação da campanha salarial 2023, diversos integrantes da diretoria do Seeaconce se reuniram no começo da tarde desta quinta-feira, 26/1, com o secretário de Articulação Política do Governo do Estado do Ceará, Waldemir Catanho.
Na reunião, no Palácio da Abolição, a presidente do Seeaconce, Penha Mesquita, reivindicou que a nova gestão estadual reveja a redução de jornada, que, implementada em 2022 por diversos órgãos do Estado, causou diminuição de salário de muitos trabalhadores terceirizados. A categoria reivindica que os salários retornem aos patamares de antes da redução, ressaltando que a medida atingiu de forma muito dura os trabalhadores e seus familiares.
O Seeaconce também cobrou do Estado apoio à luta por reposição salarial, em 2023, pelo INPC (e não pelo IPCA, como querem os patrões), por mais 4% de reajuste real, por outros direitos e benefícios e pela correções de distorções e problemas em outras cláusulas da Convenção Coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizados de asseio e conservação.
O Governo do Estado do Ceará é, na prática, o maior contratante de trabalhadores de asseio e conservação, formalmente ligados a empresas terceirizadas contratadas pela administração estadual direta e indireta, incluindo autarquias, escolas, hospitais e outros espaços de ação do poder público.
Por isso, o sindicato patronal, o Seacec, tenta fugir de sua responsabilidade quanto ao reajuste salarial e ao acordo sobre outros direitos dos trabalhadores, firmado na Convenção Coletiva anualmente. Os patrões estão procurando “jogar a batata quente” para as mãos do Governo do Estado, argumentando que a gestão pública atualmente não admite reposição salarial além do IPCA.
Empresas jogam o problema para o governo
Para o Seeaconce, as empresas precisariam fazer sua parte, chegando a um acordo para reposição salarial pelo INPC e para mais 4% de reajuste salarial real, o que, na visão do sindicato, é mais do que razoável: um pedido extremamente justo, tendo em vista a dificuldade dos serviços prestados, a presença dos trabalhadores todos os dias, nas tarefas de asseio e conservação, essenciais para que possam seguir funcionando escolas, hospitais, secretarias e todos os órgãos da administração pública e espaços que prestam serviços à população.
Por isso, o Seeaconce mantém a pauta de reivindicações que já apresentou ao Seacec. Ao mesmo tempo, procurou o Governo do Estado, na reunião desta quinta-feira, cobrando apoio para solução do problema, solicitando que revisão salarial além do INPC seja prevista nos contratos com as empresas de terceirização de pessoal. E que o governo apoie a reivindicação dos trabalhadores por outros direitos, novos benefícios e correções de distorções em situações de trabalhadores que exercem a mesma função, no mesmo local, mas ganham diferentes salários, por serem vinculados a empresas distintas.
Waldemir Catanho escutou todos os diretores, que detalharam as necessidades da categoria, recebeu por escrito a pauta de reivindicações do Seeaconce e prometeu levar o tema à próxima reunião do Cogerf, o Comitê de Gestão por Resultados e Gestão Fiscal do Governo do Estado. O encontro acontecerá na terça-feira, 31/1. A luta dos terceirizados de asseio e conservação, representados pelo Seeaconce, se soma à de outros trabalhadores, como os vigilantes, que sofrem com situação bem semelhante, acrescentou o representante do Governo do Estado.
O Seeaconce seguirá atento e agindo todos os dias em prol do maior reajuste salarial e de mais e melhores benefícios e direitos para os trabalhadores, sempre informando no site oficial, www.seeaconce.org.br, e nas redes sociais todos os passos dessa luta.
Participaram da reunião, além da presidente do Seeaconce, Penha Mesquita, os diretores Josenias Gomes, Hirma Lopes, Maury Maia, Neuma Ferreira, Amadeus Paixão e o integrante da assessoria jurídica, Felipe Lima.
Participe da assembleia dia 8 de fevereiro
Um outro e importante passo nessa batalha é a assembleia que acontecerá na quarta-feira, 8/2, na sede do Seeaconce, às 18h. A participação de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras é fundamental!
A assembleia reforçará a campanha salarial e definirá as próximas ações do sindicato e da base para vencer esse desafio.
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