Segunda, 16 de maio, é Dia do Gari. Seeaconce destaca importância de valorizar esses trabalhadores, que continuaram atuando ao longo de toda a pandemia

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O Dia do Gari é lembrando anualmente, em 16 de Maio, e ganha um destaque especial neste ano em que a terceira onda da pandemia parece estar chegando ao fim. Com todas as mudanças causadas pelo novo coronavírus, os garis e as garis fizeram parte do grupo de profissionais que estiveram na linha de frente em serviços essenciais, mantidos mesmo durante o período de isolamento social severo.

No Ceará o Dia do Gari será destacado pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Limpeza Pública, Asseio e Conservação, Imobiliárias e Condomínios, o Seeaconce, que representa a categoria. Profissionais que trabalham todo dia debaixo de sol e de chuva, noite e dia.

Haverá homenagem aos garis nas redes sociais da entidade, destaca a presidente do Sindicato, Penha Mesquita. “Nesta data, o Sindicato vem ressaltar ainda mais a importância dessa categoria e convidar a sociedade a um novo olhar sobre a categoria, de mais reconhecimento, carinho e respeito a esses trabalhadores tão essenciais. É preciso superar a invisibilidade e a discriminação que alguns ainda mantêm quanto a esses trabalhadores, que merecem o nosso abraço, o nosso reconhecimento”, enfatiza Penha Mesquita.

Entre os desafios atuais, Penha Mesquita destaca a necessidade de grandes mudanças no País, para mudar a atual realidade, de inflação em alta no Brasil, de muita dificuldade para manter o poder de compra e garantir comida na mesa.

“Este é um ano decisivo para que possamos construir uma outra realidade, de respeito aos direitos dos trabalhadores. Vale-alimentação, cesta básica, café da manhã foram conquistas do Sindicato e dos trabalhadores. Mas esses direitos e outros, como pagamento em dia e pagamento das verbas rescisórias em caso de demissão, muitas vezes são desrespeitados pelas empresas que contratam mão de obra terceirizada nas áreas de limpeza pública e de asseio e conservação.

Trabalhadores também estão gravando vídeos para exibição nas redes socais do Sindicato, falando sobre seu trabalho e sobre os desafios do atual momento.

“Queremos dar os parabéns e abraçar os garis que trabalham em todo o Estado do Ceará, que continuaram a trabalhar mesmo nos piores momentos da pandemia, arriscando sua vida para dar continuidade à missão de contribuir para a saúde pública através da limpeza. Nossa luta de todos os dias é para que os garis possam ter melhores salários, melhores condições de trabalho e o devido reconhecimento por parte da sociedade”, ressalta Penha Mesquita.

Curiosidade: a origem do termo “gari”

O termo “gari” surgiu justamente em homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, que se destacou no Brasil como o responsável por uma empresa de limpeza urbana, em 1876, no Rio de Janeiro. Já a categoria dos garis só seria legalmente reconhecida em 1962.

Muitas vezes “invisíveis” aos olhos de uma sociedade marcada pelo consumo e pelo capital, os garis realizam diariamente a coleta de lixo domiciliar, de itens descartados de forma errada, fora das lixeiras, e de resíduos naturais, como folhas de árvores, além do lixo de estabelecimentos comerciais, até certo volume.

No Brasil, mesmo antes do contexto de pandemia, ainda temos diversos desafios quanto à valorização – salarial e social – dos garis e à implementação de práticas de sustentabilidade, como a coleta seletiva, que favorece a reciclagem de papeis, vidros, metais e plásticos. Separando esses materiais de forma adequada, cada pessoa pode ajudar os garis contribuir para a preservação do meio ambiente. Há muito a avançar em estrutura e mudança cultural para que mais residências e condomínios implementem essas medidas.